Translate

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A propósito do Dia das Crianças...

Uma história de crianças

 
Chush é uma escola que se dedica ao  ensino de crianças especiais, no bairro do Brooklyn, Nova Iorque. Algumas crianças ali permanecem por toda a vida escolar, enquanto outras podem ser encaminhadas a escolas comuns.

 Durante um jantar beneficente ocorrido na escola, o pai de uma criança fez um discurso que nunca mais seria esquecido pelas pessoas presentes ali. Em sua fala o homem elogiou a escola e as pessoas que se dedicavam ao excelente trabalho, ele perguntou:

    -  Se tudo o que DEUS faz é perfeito, onde está a perfeição em meu filho Pedro? Meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem nem se lembrar de fatos e números como  as outras crianças. Então, onde está a perfeição de Deus?

Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento daquele pai. 

 Mas ele continuou:

    - Acredito que quando Deus traz uma criança especial ao mundo, a perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem diante desta criança. 

E contou um fato acontecido com seu filho.

    - Uma tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque onde alguns meninos que o conheciam, estavam jogando beisebol. Pedro perguntou-me:
    - Pai, você acha que eles me deixariam jogar?

 Eu sabia das limitações do meu filho e que a maioria dos meninos não o queria no time, mas entendi que se Pedro pudesse jogar com eles, isto lhe daria uma confortável sensação de participação. Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei-lhe se  Pedro poderia jogar. O menino deu uma olhada ao redor, buscando a aprovação de seus companheiros de time e mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade e disse:

      - Nós estamos perdendo pôr seis rodadas e o jogo está na oitava. Acho que ele pode entrar em nosso time e tentaremos colocá-lo para bater até a nona rodada.

 Fiquei admirado quando Pedro abriu um grande sorriso ao ouvir a resposta do menino. Pediram então que ele calçasse a luva e fosse para o campo jogar. No final da oitava rodada, o time de Pedro marcou alguns  pontos, mas ainda estava perdendo pôr três. No final da nona rodada, o time de Pedro marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Pedro foi escalado para continuar. Um questionamento, porém, veio à minha mente: o time deixaria Pedro, de fato, rebater nesta circunstância e jogar fora a chance de ganhar o jogo? Surpreendentemente, foi dado o bastão a Pedro. Todo o mundo sabia que isto seria quase impossível, porque ele nem mesmo sabia segurar o bastão. Porém, quando Pedro tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola de maneira que Pedro pudesse ao menos rebater. Foi feito o primeiro arremesso e Pedro balançou  desajeitadamente e o perdeu. Um dos companheiros do time de Pedro foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador. O lançador deu novamente alguns passos para lançar a  bola suavemente para Pedro. Quando veio o lance, Pedro e o seu companheiro de time  balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador. O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem da base, Pedro estaria fora e isso teria terminado o jogo... Ao invés disso, o lançador pegou a bola e lançou-a em uma  curva, longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem da base. Então todo o mundo começou a gritar:

      - Pedro, corra para a primeira base! Corra para a primeira!
 
 Nunca em sua vida ele tinha corrido... Mas saiu em disparada para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado. Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem da base, o que colocaria Pedro para fora, pois ele ainda estava correndo. Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim, lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro  homem da base. Todo o mundo gritou:

      - Corra para a segunda, corra para a segunda base!

Pedro correu para a segunda base, enquanto os jogadores  à frente dele circulavam deliberadamente para a base principal. Quando Pedro alcançou a segunda base, a curta parada adversária colocou-o na direção de terceira base e todos gritaram:

      - Corra para a terceira!

 Quando Pedro contornou a terceira base, os meninos de ambos os times correram atrás dele gritando:

      - Pedro, corra para a base principal!
     
Pedro correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se  ele tivesse vencido o campeonato e ganhado o jogo para o time dele.

      Naquele dia, disse o pai, com lágrimas caindo sobre face, aqueles 18 meninos alcançaram a Perfeição de Deus. Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto do meu filho!

    

Nenhum comentário:

Postar um comentário